segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Indígenas da etnia Pankararu formam time de futsal para competição









Um grupo de indígenas da etnia Pankararu residentes na periferia do Morumbi, bairro nobre de São Paulo, organizou uma equipe para competir na I Copa do Real, um campeonato organizado pelas equipes de futsal moradores do Real Parque, o qual foi realizado no dia 25/11/07 às 09h00 na quadra do Projeto Casulo.
O time dos Pankararu estreou na competição com goleada, abateu o seu adversário Real Futsal A, por 9 X 4, uma virada histórica.
A equipe dos Pankararu começaram perdendo o jogo por 2 (dois) a 0 (zero), na segunda etapa os pankararu viraram o marcador para 3 X 2 e depois ampliaram no decorrer do jogo.
A próxima rodada será no dia 02/12/07 às 12h00 na quadra do projeto Casulo, contra o Real União.

Edcarlos Pereira do Nascimento

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sede ONG Ação Pankararu


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Preconceito contra índios

O preconceito contra índios, muito grande algumas vezes, fala que não entendemos nada. Mas engano nós não temos muito conhecimento sobre a vida na cidade. Mas é errado, pois nós temos muito conhecimento sobre a vida na cidade.
Fala que nós temos dificuldade em aprender mas é um engano, porque somos seres humanos, temos que entender para poder aprender como qualquer outra pessoa.
As pessoas pensam que índios são aqueles que vivem no mato. Muitos também pensam que todos índios tem que ter cabelo bom, e por não ter fala própria, não são índios.

Maxwel dos Santos

Aprendendo mais sobre a aldeia Pankararu

Tudo que foi passado sobre a aprendizagem foi um ato muito especial e importante.
Aprender sobre um lugar especial para todos nós Pankararu pois falamos e vemos algo que fala sobre a nossa aldeia. Com a palavra de todos vocês, o que foi mostrado pra nós, pelo que entendi, é que vocês querem passar o melhor da vida do nosso povo para futuras gerações, para que todos venham ter e aprender mais sobre a cultura e a tradição Pankararu. Vai ser muito legal passar o meu dia a dia e de todos os meus conterrâneos. Porque eles também vão contar as coisas boas e as más, que vai ser uma alegria muito importante com que está acontecendo no próprio lugar da gente.
Nessa aprendizagem eu não tenho nada do que reclamar, gostei muito do que foi passado, parabenizo todos vocês e que tudo de certo sobre nosso cotidiano e a aldeia Pankararu.

Givanilda de Lourdes Torres.

Eu, Edcarlos Pankararu













Eu mudei pra São Paulo em 1981 quando tinha 2 anos de idade porque tinha sofrido um acidente com arma de fogo.
A cidade oferece um atendimento “melhor” à saúde, do que tínhamos a disposição na aldeia, onde a saúde é totalmente sucateada.
Minha mãe entrou em contato com o meu pai, o qual já estava trabalhando em São Paulo, para avisá-lo sobre o acidente, daí então viajamos para São Paulo.
Embora com a grande luta de resistência do nosso povo Pankararu na Aldeia Brejo dos Padres, a situação em referência ao atendimento melhorou muito hoje em dia.
Cresci no agitamento da cidade, onde estudei e onde estou trabalhando sem esquecer dos nossos costumes tradicionais.
Temos que obter os conhecimentos bons dos “brancos”, e deixar os que eles têm de ruim pra eles mesmo.
Hoje moramos na periferia desta selva de pedra, mas isso não nos impede de executar nossos rituais, por mais que sejamos diferentes, embora a sociedade tem que apreender que precisamos conhecer o diferente para saber lidar com ele e não julgá-lo.
Não tinha muitas recordações quando criança da Aldeia, então resolvi viajar pra lá no ano passado para colocar minhas recordações em dia e rever meus parentes. Tinha em mente que eu passaria um mês, mas como a aldeia é contagiante, acabei ficando 6 (seis) meses, e já estou com saudades de lá.
Mas quem vive na cidade não pode ficar parado, pois a sociedade nos impõe que temos que estar trabalhando, estudando e acompanhando o ritmo do mundo moderno, para não sermos engolidos pelo mundo globalizado e tecnológico.
Esses são alguns motivos os quais levaram jovens da etnia Pankararu, a participar da oficina de criação do BLOG que os alunos da Faculdade Metodista estão oferecendo.
Com essa tecnologia dos “brancos”, vamos puder trocar informações com todos nossos parentes e amigos e simpatizantes dos pankararu.
A vantagem de morar na cidade é que as oportunidades são melhores do que temos a disposição na aldeia, como por exemplo, o estudo e trabalho. Se for para morar na Aldeia até que eu iria, mas não sei se resistiria, pois não saberei lidar com a agricultura a não ser se trabalhar em cargos diferenciados como escritórios, hospitais, entidades e etc.
Estarei sempre visitando minha querida aldeia sempre que estiver de férias, pois nunca esquecemos do nosso hábitat natural de origem.

Edcarlos Pereira do Nascimento

Quando minha família resolveu se mudar para São Paulo

Eu não gostei muito da idéia, porque não ia mais ver meus avós, meus tios, meus amigos... Enfim não ia mais ver as pessoas que gostava e estava acostumada.
Uma das coisas mais difíceis aqui em São Paulo foi a hora de ir pra escola, pois eu não conhecia ninguém, então ficava sozinha. Mas isso foi só no começo porque depois eu fiz grandes amizades que duram até hoje.
Agora, depois de quase 10anos que estou em São Paulo, não consigo mais morar na aldeia, porque já me acostumei completamente a essa vida agitada da cidade grande. Mas ainda sinto muita falta da minha família que ficou lá. E é por esse motivo que esse ano estou indo passar as minhas férias na aldeia, que é para poder ver as minhas duas avozinhas que adoro muito.

DEISE MARI

Um pouco mais sobre a vida Pankararu

Tudo que foi mostrado para nós foi muito importante porque podemos ver e aprender mais sobre a cultura do nosso povo. Assim, a futura geração Pankararu terá mais oportunidade para alcançar alguns dos seus objetivos. Com certeza será muito interessante se conseguissem resgatar a nossa língua tribal, gostaria muito de ver o meu povo voltando às origens antigas.

Gostaria de agradecer o trabalho oferecido para nós pela Ong Pankararu, que está fazendo um ótimo trabalho. Espero sair daqui sabendo um pouco mais sobre a minha aldeia e que esse aprendizado seja satisfatório para ambas as partes.

Bruno Henrique e Alan George

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Uma parceria que deu certo!

Jovens Universitários implatam projeto para comunidade Indígena Pankararu que vive na periferia de São Paulo.
Uma parceria firmada entre a Universidade Metodista e a ONG Ação Pankararu resultou na criação de um blog, o qual vai proporcionar a troca de informações entre os Pankararu que moram em São Paulo com os que moram na aldeia Brejo dos Padres, e os visitantes que venham a interessar-se pela questão indígena.
No dia 29/09/2007 às 10H reuniram-se na sede da ONG os jovens executores do projeto da Universidade Metodista, Caroline, Gabriela, Lívia, Bruno e Elis e os jovens Pankararu, Edcarlos, Maxwel, Clarice, Dandara e Divanilda.
Esse primeiro encontro teve o objetivo de apresentação o projeto, incrições dos interessados, que vão semrpe renovar o conteúdo do blog, e discutir quais matérias são de interesse dos alunos em estar colocando no blog.
As atividades de capacitação serão realizadas todos os domingos às 10H na ONG Ação Pankararu, localizada na rua Conde de Itaguaí - 148 na favela do Real Parque, periferia do Morumbi.

Texto produzido por Edcarlos Pereira do Nascimento

 
Layout por SRSAM Comunicação