sábado, 18 de outubro de 2008

SAÚDE: DIRETO DO CIDADÃO, DEVER DO GOVERNO!

A FUNAI para se eximir de suas responsabilidade ficou super feliz com o decreto nº 23 de 1991, pois esse decreto há favoreceu ao dizer que a FUNAI não é responsável pela saúde indígenas, a qual passaria a ser da FUNASA.

Mais sempre quando falamos de saúde, várias pessoas esquecem que saúde não é apenas atendimento médico hospitalar, mais também saúde é saneamento básico, moradia, escolaridade e alimentação ou seja o bem está do ser humano tanto físico e psíquico.

O governo na esfera Federal é responsável pela saúde um todo, o qual repassa a verba para a esfera Estadual e o Estado para o Município. Embora qualquer esfera é obrigatória há nos oferecer um atendimento digno, mais a realidade é totalmente diferente.

Independente de noção etnia, cor, raça, credo ou classe social o Governo tem que nos atender, mais ao se falar de povos indígenas o Governo Federal é o principal que deve nos atender.

A saúde já está sucateada há bastante tempo, nosso povo morrendo por negligencia da saúde. Com a FUNASA já era ruim, imagina sem ela como vai piorar ainda mais o atendimento dos nossos parentes.

A FUNASA (Fundação Nacional da Saúde), órgão executivo do Ministério da Saúde, é uma instituição do Governo Federal responsável pelo saneamento em geral e pela saúde indígena.

A FUNASA atende a uma população de mais ou menos 600 indígenas, pertencente a mais de 250 povos em todos os estados.

A FUNASA tem 34 DISEI (Distritos Sanitários Especiais Indígenas), levando em conta diferentes aspectos geográficos , sociais, culturais e econômicos. Eles são divididos como Pólo Base com equipes de saúde, ou melhor, deveria ter essa equipe, mais infelizmente essa “equipe” é pela metade.

Uma das coisas que me deixa revoltado é que o nosso Distrito Sanitário está tão longe, pois ele fica em Santa Catarina, Litoral Sul. Temos que todos os povos se unir para lutar por um Distrito de Saúde em cada Estado Brasileiro, para não depararmos com essa burocracia no atendimento do nossos povos indígenas.

O SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado após a aprovação da Constituição Federal de 1988, que tem como um de seus órgão a FUNASA, mais o SUS também não dá conta de atender a população em geral, imagina ao se falar que somos indígenas, ai que não atende mesmo, mais eu nasci indígena e morrerei indígena.

Nossa saúde está cada vez mais terceirizada, os quais quem saem bem nessa historia toda é a FUNASA e as ONG´s, empresas e etc, por exemplo a FUNAI/FUNASA faz convênio com a UNB (Universidade de Brasília) para atender os indígenas , no entanto a UNB está envolvida com a corrupção, fazendo com que alguns funcionários viajassem para o Sul da Ásia com o dinheiro da nossa Saúde, ou seja enquanto as vidas dos nossos parentes voam para os céu, os corruptos voam para passar boas aventuras no luxo do dinheiro da nossa saúde.

Temos que dá um basta nisso, e lutar para manter uma instituição própria para a nossa saúde, pois o Governo quer municipalizar a saúde e acabar com a instituição voltada para os povos indígenas.

A saúde já é péssima em nossa aldeia, imagina pra nos que somos tachados de índios desaldeiado, por moramos na cidade grande.

No dia 15 e 16 de Novembro, eu vou participar de uma discussão a respeito da saúde indígena na cidade de São Paulo.

Edcarlos – Carlinhos - Pankararu

edpankararu@yahoo.com.br

www.projetopindorama.com.br

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O inicio da construção


Faça parte desse sonho, não deixe de contribuir com essa causa, pois os primeiros tijolos estão ai, gostaríamos que vocês também façam parte da realização deste sonho antigo.
NÃO FALE FAÇA! Esse é o mais novo slogan de trabalho dos índios pankararu! Como isso surgiu? Através de uma parceria e por que não dizer de uma nova aliança entre a ONG Ação Cultural Indígena Pankararu e a ABL – Centro de Treinamento Especializado em Turismo, através de seu diretor, Dr. Lacerda e do colaborador Josafát.
E como colocar isso em prática, como iniciar? Pois é, como iniciamos uma construção de uma casa? “Tijolo por tijolo, um de cada vez”, com essa frase o Dr. Lacerda nos apresentou seu entusiasmo com a idéia de resgatar a língua do Povo Pankararu, nos apresentou o desafio de construir e concretizar passo a passo um dos nossos maiores sonhos!
É claro que isso exige tempo, dedicação, garra e acima de tudo amor à causa, e isso temos de sobra, pois devido a isso é que ainda existimos dentro de São Paulo.
Simbolizando tudo isso, mais uma vez a ABL nos surpreendeu, em uma de suas visitas, o Dr. Lacerda e o Profº Josafát, nos trouxe mais um presente, e qual não foi nossa surpresa ao abrirmos os pacotes....eram nossos primeiros tijolos, isso mesmo, era a simbolização do inicio de nossa caminhada, para apresentarmos aos nossos jovens um pouco mais de nossa cultura, incentivá-los a trabalhar conosco em busca de nossa língua ha tanto tempo perdida e acima de tudo, fazer isso com garra, persistência e visão do futuro.
Esse trabalho talvez demore um bom tempo para surtir efeito, então essa será nossa contribuição para as futuras gerações dos Pankararu.
Pois pretendemos abrir uma escola só nossa, com esses primeiros tijolos, para fazermos o resgate de toda a nossa cultura e preservar cada vez mais nossa tradição.
A educação é a nossa base para permanecer nossa luta, uma vez que temos que usá-la como arma para nos defender.
Agora restamos nós, não deixarmos essa bandeira de luta cair e nem a camisa se deteriorar, pois vamos lutar para nossos objetivos alcançarmos. Gostaríamos que novos parceiros vestissem também essa camisa em conjunto com a ABL e a Ação Cultural Indígena Pankararu, para construirmos nossa escola especifica e tradicional, venha fazer parte desta grande obra social e cultural.

domingo, 1 de junho de 2008

Fazemos questão de falar que aqui na PUC/SP tem indígenas e que somos capazes!


Não somos batatas e nem mercadorias, mais estavamos presente na Feira Comunitária e que na universidade tem indígenas mostrando sua cara e capacidade de vencedor.

Entre os dias 27, 28 e 29 de Maio de 2008, foi realizado na PUC/SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, uma Mostra Comunitária dos projetos sociais que a mesma vem desenvolvendo por ser também uma instituição comunitária que organiza para formar quadros de alto nível, comprometidos profissional e eticamente com a busca de soluções para os problemas enfrentados pela sociedade brasileira na perspectiva de seu compromisso maior: busca de uma sociedade ecologicamente sustentável, diversificada, justa, fraterna e solidária. E por isso fizemos questão de ter nosso stand para divulgar o nosso projeto Pindorama é mostrar para o país e o mundo que também somos capazes de entrar em uma universidade e que vamos está sempre presente para continuar nossa luta.
O Pindorama foi firmado em 2001, entre nós indígenas e a PUC/SP , onde ela propõe concretize seu caráter de ponte ao assumir o compromisso de diminuir o fosso existente entre as populações indígenas e o acesso aos bens sociais e à participação mais digna e ativa nos rumos da própria vida e da vida do pais. O nosso potencial foi colocado em questão, até mesmo pela Universidade, que previa o acesso de pelo menos de 5 (cinco) a 10 (dez) indígenas na instituição. Mesmo assim deixou aberto para a inclusão de todos que passarem pelo seu processo seletivo.Ninguém esperava mais o fato inédito aconteceu, de 26 que prestaram o vestibular 24 conseguiram passar no processo seletivo em diversas áreas como: administração, engenharia elétrica, pedagogia, serviço social, letras, turismo, tecnologia e mídia etc.Neste ano de 2008 mais 12 (doze) entraram na universidade passando pelo processo seletivo, ou seja mais uma vez o povo indígena mostra seu rosto e capacidade para a sociedade dizendo, eu posso, eu quero, sou igual, eu sou diferente, sou cidadão, sou brasileiro, sou guerreiro, ainda sou gente e que apenas temos culturas diferentes. Fazem parte do Projeto Pindorama 12 (doze) etnias indígenas Atikum, Fulni-ô, Guarani Mbyá, Guarani Nhandeva, Kaingang, Krenak, Pankararu, Pankararé, Pataxó, Potiguara, Terena e Xucuru. A maioria dos estudantes são da etnia Pankararu.
No momento somos em 50 alunos em diversos cursos como: Engenharia Elétrica, Direito, Tecnologia e Mídias Digitais, Matemática, Ciências Sociais, Turismo, Contabilidade, Administração, Economia, Fonoaudióloga, Biologia, Enfermagem, Psicologia, Secretário Executivo Trilingue, Serviço Social, Pedagogia, Letras (Português, Inglês, Espanhol), Artes do Corpo, Historia e Multimídias.
Nesses quase 7 (sete) anos já passaram pelo projeto cerca de 86 indígenas, tendo formado 21 estudantes, não podemos deixar de falar de 2 (dois) Pankararu que está fazendo Medicina em Cuba.
Infelizmente o nosso entrave no momento está sendo a FUNAI, pois ela assumiu um compromisso conosco enquanto estudante e não está passando a verba de R$ 150,00, deixando em segundo planos os indígenas e utilizando nossa verba para fazer pagamentos que não tem nada haver com a nossa Educação, como pagar impostos e funcionários.
Enquanto ela está fazendo isso, muitos passando por grandes dificuldades financeiras para se manter nos cursos, uma vez que a cidade de São Paulo é tão cara.
Mais nós deixarmos claro para a FUNAI, que ela não vai nos exterminar com sua negligencia e vamos continuar nossa luta por uma educação justa, digna e igualitária.
E que as unidades de ensino, trate de trabalhar logo o planejamento de execução da lei 11.465/08 (LDB) a qual são obrigadas a trabalhar melhor sobre a questão indígenas nas salas de aula.
Bem que a FUNAI poderia se preocupar com isso e não atrapalhar o nosso desenvolvimento educacional, embora o que ela quer é isso mesmo, para que agente ainda fique sobre sua tutela.

Edcarlos (Carlinhos) – Pankararu
edpankararu@yahoo.com.br


terça-feira, 20 de maio de 2008

“Não fale, faça!”



Pena que esse dilema não é todos que cumprem, por exemplo, os políticos, pois eles falam de mais e não fazem nada.
Os povos indígenas estão até hoje derramando seus sangues para a permanecia dessa nação.
Mais somos brasileiros e temos fé, pois ainda temos pessoas que são nossos aliados na questão indígena e que vão nos ajudar.
Conforme encontro anterior do dia 30/04/08 entre a Ong. Ação Cultural Indigena Pankararu e a ABL – Centro de Treinamento Especializado em Turismo, fazendo jus à solicitação de parceria com bolsas de estudo na área de Eco-turismo para nossos jovens Pankararu.
O Diretor Geral da entidade ABL Profº Lacerda e o Profº Josafat, compareceu nesta data de 17/05/08 (Sábado) na Ong. Pankararu para reafirmar a disposição e contribuição com os indígenas Pankararu e conhecer um pouco mais sobre o cotidiano dos Pankararu na cidade grande em uma comunidade na periferia do bairro nobre do Morumbi, incomum de nosso hábitat natural.
O Profº Lacerda deixou claro para os jovens Pankararu, que a instituição de ensino já está aguardando os candidatos ao curso de Eco-turimo. Ficando a encargo da Ong encaminhar nossos jovens para ocupar esse novo espaço o qual foi conquistado.
De fato o Profº Lacerda (ABL) e sua equipe vestiu a camisa da causa dos Indígenas Pankararu, pois nos fizeram a surpresa de virem trajados com camiseta, a qual lançaram com o seguinte dilema: “NÃO FALE, FAÇA!”.
Pois ele tem razão ao analisar o sistema em que vivemos hoje e que vem se arrastando desde os primórdios, basta olharmos para as eleições que vêm ai, onde sai candidatos de todos os lados, que prometem e não fazem nada, estamos cansados de promessas. Porque até hoje as nações indígenas vem lutando drasticamente por seus direitos constitucionais.
Então, quem tem que ajudar alguém independente de quem for, “não fale, faça!” Por mais que tenhamos dificuldades na vida nunca devemos deixar pra depois. Porque o tempo passa e a vida não espera, pensar que não, acabou tudo. Não devemos deixar pra depois o que podemos fazer hoje.
Só que não parou por ai, pois colocamos em discussão a criação de uma escola diferenciada para o nosso povo Pankararu, pois aqui em São Paulo temos bastantes Pankararu fora da escola.
Pois nos Pankararu em conjunto com a ABL, acreditamos ainda no possível resgate do nosso dialeto de origem.
Agora restamos nós, não deixarmos essa bandeira de luta cair e nem a camisa se deteriorar, pois vamos lutar para nossos objetivos alcançarmos.
Agradecemos a ABL pelas portas abertas e esperamos que sempre continuem abertas para os verdadeiros donos da terra e do Brasil.
Gostaríamos que novos parceiros vistam também essa camisa em conjunto com a ABL e a Ação Cultural Indigena Pankararu.


acaopankararu@gmail.com
www.acaopankararu.blogspot.com

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Pankararu, paz, cultura, crença, dignidade e tradição!


Essa é uma apresentação da cultura Pankararu entre os prédios do Cingapura, onde moram.

Os indígenas Pankararu, começaram a migrarem para as grandes cidades entre as décadas de 40 e 50, onde por meio destas viagem um grupo vieram para São Paulo capital, e estão localizados em sua maioria por volta de 580 pessoas no Real Parque, periferia do Morumbi bairro nobre de São Paulo. As demais pessoas estão distribuidos em todo o estado de São Paulo, totalizando 1500 indígenas Pankararu. Isso não importa para onde estejam, pois o importante e manter as tradições independente de onde estejam, fortalecimento cada vez mais a cultura principalmente aqui na cidade, pois onde vem sofrendo preconceitos, deixando explicito que onde estiverem nunca deixaram de ser indígenas, porque está no sangue.



Edcarlos
edpankararu@yahoo.com.br

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domingo, 27 de abril de 2008

O Movimento continua

A aluna Rejane P. Silva, estudante do 5º ano de Direito da PUC/SP, é membro do Projeto Pindorama e vem desempenhando sua participação nos movimentos sociais e nas articulações emproou do seu povo indígena e do próprio desenvolvimento intelectual e pessoal.
Depois essas discussões são repassadas para os demais alunos do Projeto Pindorama.

26/03/08
Entre o mês de Março a Abril esteve presente no PRÉ - FORUM PERMANETE DE ASSUNTOS INDIGENAS, o qual teve como tema central INDIGENAS NA CIDADE E A MIGRAÇÃO na Faculdade Metodista.
Embora passarmos por tudo que vimos passando, estamos sempre correndo atrás dos nossos direitos, mesmo estando na cidade, pois não deixamos de ser o que somos.

16/04/08
A 2ª Agenda Indígena de São Paulo, foi realizada na Aldeia do Guaranis no Pico do Jaraguá – SP.
Os temas abordados foram:DIREITO À TER DIREITOS, com as presenças das Lideranças Indígenas, Poder Público e Terceiro Setor.

18 e 19/04/08
Praticas em Administração para entidades do Terceiro Setor, tendo como patrocínio a Ong. Pensamento Digital, realizado no Projeto Viver.

19/04/08
Oficina Cultural Temática Indígena - Realizada na Livraria Saraiva – Shopping Paulista – SP

20/04/08
Um grupo de estudantes de Jornalismo da UNISA a entrevistou como tema: INDIOS NA CIDADE E MERCADO DE TRABALHO.

Rejane P. Silva
regi_silva@hotmail.com

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nosso futuro está nas mãos das crianças

Como sempre algumas escolas, só lembra dos povos indígenas neste mês de Abril.

No dia 17 deste mês nos indígenas Pankararu fomos convidados para fazer uma apresentação em uma Escola (Casarão) para crianças e adultos, logo na chegada as crianças estavam muito tímidas e com olhares de estranheza quando nos viram, mais de repente de uma hora para outra, todos ficaram querendo sair da sala pra nos ver.

Os alunos nos olharam com estranheza porque eles pensaram que agente já ia chega na escola todos pintados.Depois a professora pediu para todos os alunos se reunirem no pátio da escola, para começar a apresentação da nossa cultura, dava pra ver no rosto desses alunos a ansiedade de nossa apresentação.
Pois antes Presidente Dimas Nascimento da Ong. Ação Cultural indígena Pankararu, o qual estava nos representando, fez uma pequena apresentação do nosso contexto histórico desde as primeiras migrações de Pernambuco para São Paulo até a vida que levamos hoje aqui na cidade grande chamada São Paulo.

Ficamos surpresos e felizes quando os alunos começaram a fazer várias perguntas, como: Onde vocês moram? Sempre usam roupas? Como é sua aldeia? Como vivem? Já sofreram alguma discriminação?
Então começamos a responder, vivemos como as outras pessoas que moram na cidade, trabalhando muito, para sobreviver.
A respeito da discriminação, já passamos por isso, sempre tem algumas pessoas que não sabe o que diz, mais agente nem liga ignoramos e até mesmo colocamos o nosso ponto de vista a respeito dessas besteiras que falam e etc...
Percebemos que alguns alunos ainda tinham a visão dos nativos (nossos antepassados) que não usam roupas, observamos que ainda esse processo é contado por alguns professores nas escolas para esses alunos, com base no tal “descobrimento”. Respondemos como é a realidade que vive os povos indígenas hoje em suas comunidades, e nas cidades como o nosso dia-a-dia.
Como foi um dia muito rico de troca de experiências e informações o a hora passou rápido, e já estava na hora dos alunos irem embora.
Agente começou a apresentar nossa cultura, no começo nos apresentamos só nóis, depois os convidamos para participa do toré, eles foram todos animados começaram a dançar deu pra ver o quanto eles estavam alegre de estar com nós ali na que lá hora.
Fizemos outra apresentação depois para outra turma às 17h00, esses alunos também foram bastante participativos na apresentação, nos gostamos muito desse dia, foi muito boa e o traje ficou bonito.

No final da apresentação tiramos várias fotos com os alunos, inclusive uma situação que eu mais fiquei feliz neste espaço é ver o esforço e vontade de uma criança “cadeirante” dançando, mesmo na cadeira do jeito dela, percebemos a pureza desta criança a respeito dos povos indígenas. São crianças como essas que vemos que eles almejam um futuro melhor para as nações indígenas.
Quando deu a hora das crianças irem embora, percebemos que eles não queriam ir embora da escola para suas casas. Queriam ainda ficar junto com agente, mais já era tarde e só iríamos ficar até as 19h00 com elas, porque depois seria a apresentação para os adultos. Eu pensei que por se tratarmos o assunto povos indígenas com os adultos seria ser a melhor, mas me enganei, porque os adultos não se interessavam em fazer perguntas que cabia a nós responder.Por isso digo que as outras apresentações com a participação das crianças foram melhores, porque elas faziam perguntas de gente grande (Adultas).
Mais no geral foi muito bom, agradecemos aos alunos, professores e direção da escola. Enfim a agradecemos a todos que respeitam os povos indígenas, não só por nós, mais por todos enquanto seres humanos.


Marcos

marcoxwel@gmai.com

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terça-feira, 22 de abril de 2008

19 de Abril?


No dia 19 de Abril, o “Homem Branco” diz que é o dia do índio e tem várias comemorações pelo país, e até mesmo no exterior.
Mais você sabia o por quê se comemora o dia do índio no dia 19 de Abril?

Está data foi criada em 1943 pelo Presidente Getúlio Vargas, através do Decreto de Lei nº 5.540.
Pois durante a realização do I - Congresso Indigenista Interamericano no México, em 1940, os representantes de diversos países americanos decidiram convidar os indígenas, tema central do Congresso, para o evento. Entretanto, a comissão encarregada de fazer o convite encontrou resistência por parte dos indígenas, pois não era pra menos uma vez que já estavam habituados a emboscadas, perseguições e traições, mantinham-se afastados das reuniões, de nada valendo os esclarecimentos e tentativas dos congressistas.
Dias depois, convencidos da importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, os indígenas resolveram comparecer em massa, e nesse dia era 19 de Abril de 1940.
Essa data por sua importância na história indígenista das Américas, foi dedicada à comemoração do Dia do Índio. No entanto já mencionei anteriormente em outra publicação que o dia 19 de Abril, não é o dia do Índio, o mês de Abril não é o mês do Índio, mais de uma coisa temos a certeza absoluta. Todos os dias, meses e anos são dos povos indígenas, até o Brasil é dos povos indígenas.No entanto nos roubaram, mas vamos reconquistar nossos diretos.
Não podemos esquecer que os primeiros habitantes desta terra chamada Pindorama eram os povos indígenas, quando os portugueses invadiram o nosso país em 1500, os indígenas já estavam aqui e vinhemos lutando no seu dia-a-dia desde ai, depois de varias emboscadas, massacres e etc... não é apenas mais um de 19 de Abril, mais sim data essa de 1500 que está cicatrizada em nossas mentes, vão lembrar de nós querendo ou não. Porque desde ai que nossos antepassados morreram por nós, lutando bravamente por defender nosso povo, nossas terras,nossas famílias e nossos direitos constitucionais, eles vão está sempre conosco para continuar a luta.
As mesmas leis que aprovaram nossos Direitos Constitucionais, são as mesmas que querem usurpar, mais já mais vamos deixar.
Chega de tanta violência contra nós povos indígenas, pois somos guerreiros e a luta por um país justo e democrático está por vim, pois temos a sabedoria divina e os “Homens Brancos” tem muito o quê apreender conosco, pois eles nem sabiam o quê era um banho.
O “Branco” aprendeu a tomar banho vendo os indígenas tomar banho no rio, antes os portugueses passava somente um pano úmido no corpo, agora aprendeu o quê é um banho.
O mundo está ai a beira de um colapso natural, efeito estufa, vulcões, trovoadas, e etc... então os egoístas têm muito que aprender, para que vejam as alternativas viáveis para um futuro melhor do planeta.
Porque se eles continuarem a destruir a natureza do jeito que vem devastando tudo, a humanidade está perdida.


Edcarlos (Carlinhos)
edpankararu@yahoo.com.br

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Uma Bandeira estendida na janela



Orgulho de ser Pankararu

Dona Edite, 62 anos nasceu e se criou na Aldeia, em 1982 veio para São Paulo, em busca de atendimento médico para o seu filho que sofreu um acidente na aldeia, uma vez que a saúde não existiu na reserva, de lá pra cá, começou a trabalha na área de Limpeza e acabou ficando por aqui, e ia somente quando estava de férias para sua aldeia Pankararu – PE.
Hoje ela se encontra aposentada e com muita saudade de voltar logo para a sua casinha que tem na aldeia, só está esperando o seu esposo José se aposentar, mais para isso ainda falta uns 3 (três) anos para completar a quantidade de contribuição junto ao INSS.
No entanto Dona Edite não se desanima, procura sempre está em contato com as suas raízes, onde podemos observar que por mais que ela mora na cidade grande, nunca deixou de ser uma indígena Pankararu, a qual ela tem um grande orgulho, podemos notar na bandeira colocada na janela de seu apartamento.




“Está data de 19 de Abril é muito especial para mim, mais eu não tinha muita noção que esse dia é dia do índio, porque sempre trabalhei e por isso acho que todo dia é o dia do Índio, mais só em saber que ainda estamos vivos resistindo para contar história para nossos netos, sobre nossa cultura e povo estou muito feliz, ainda mais quando eu lembro quando eu era pequena, mais não tive a infância que meus filhos teve, porque tinha que lavar roupa, buscar água, alimentar os bichos e um monte de coisas ainda”
Percebemos que o grande sonho dela é voltar para sua terra natal, junto de seus pais que ainda aguarda a mesma na aldeia Pankararu, por mais que a tecnologia está presente como telefone, Internet, etc. O prazer de rever os familiares para dar um grande abraço não tem preço.








Edcarlos (Carlinhos) Pankararu
edpankararu@yahoo.com.br

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sábado, 12 de abril de 2008

TODO DIA É DIA DOS INDÍGENAS


Sou gente, sou indígena, sou nordestino, sou brasileiro. A seca nos castiga, saímos para a cidade ver se a situação melhorava, mais os “brancos” nos perseguem. A Terra é a nossa mãe, temos que protegê-la cuidar dela como ela nos cuidou, porque sem ela não seriamos vivos. Já os não índios vêem a terra como puro capital, destruindo-a para fazer grandes plantações que gere lucro para o egoísmo deles, como arrozeiros, canaviais, gados etc. Pois independentemente onde estejamos na aldeia ou na cidade, estamos sofrendo muito, com a negação dos nossos direito, mais vamos continuar a nossa luta. O dia 19, não é o dia do Índio, o mês de Abril não é o mês do Índio, mais de uma coisa temos a certeza absoluta. Todos os dias, meses e anos são dos indígenas, até o Brasil é dos indígenas. No entanto, nos roubaram o Brasil de nós, mais temos a certeza também que não tomarão nossa força de vontade de reconquistar o que é nosso de direito, como a Terra, Saúde, Educação e a própria vida e etc.





“Com a borracha da negligência e da corrupção,
apagam do papel nossos direitos Constitucionais.
Mas, com o lápis da sabedoria e da esperança
escrevemos nossa história cada vez mais forte,
com a cultura, crença, dignidade e tradição.
Isso, pode ter certeza que nunca apagarão!”
Edcarlos - Pankararu



Edcarlos (Carlinhos)









sábado, 5 de abril de 2008

Um sonho “Real”



“Caiu na rede é peixe, fomos incluído nela. Basta agora usar desta arma tecnológica para nos defender”




Neste sábado dia 05 de Abril de 2008, o sonho do Presidente Dimas Nascimento da Ong. Ação Cultural Indígena Pankararu, localizada na Rua Conde de Itaguaí nº 148 – Real Parque Morumbi – São Paulo – SP, se tornou realidade.
Dimas tinha um projeto de inclusão digital dos índios Pankararu de São Paulo na Rede Índios On Line, a qual já vem dando certo com vários outros povos indígenas e inclusive com os Pankararu da Aldeia Brejo dos Padres.


“Eu vinha correndo atrás desse projeto a mais de dois anos, graças a Deus consegui”
Com essa conexão os indígenas Pankararu de São Paulo, vai ter acesso a matérias e troca de informações com os parentes que se encontram na Aldeia e com os demais indígenas que fazem parte da rede.
Com a presença dos responsáveis por esse feito inédito, Alexandre (Coordenador da Rede Índios On Line) e Fernando Atiã (Conselheiro da Thydêwá) deram inicio ao evento.
Alexandre explica como funciona o portal, avanços tecnológico, objetivo do portal e a importância dos jovens estarem aproveitando essa oportunidade para compartilhar com a comunidade ao todo.
Fernando Atiã salienta a importância de todos os indígenas estarem conectados a rede, e principalmente manter cada vez mais forte essa conexão entre São Paulo e Pernambuco e vice-versa, e que a comunidade Pankararu de São Paulo não deixe de está interagindo com os demais povos.

A grande atração foi à apresentação do cantor e compositor Gean Ramos, o mesmo falou da sua vida artística e pessoal, orgulho de ser Pankararu. Cantou seus maiores sucessos, fazendo com que a platéia se emocionasse com suas canções cantadas com o coração e depois distribui autógrafos para o publico.
Infelizmente esses talentos passam despercebidos ou até mesmo ignorados pelos órgãos competentes, como Secretaria e Ministério da Cultura, não dando incentivos para que esses jovens prossigam no seu sonho.
Mais pode ter certeza que Deus é justo com aqueles que batalham, e está tudo reservado para esse jovem cantor e compositor Gean Ramos.

Logo após a apresentação de Gean, o Fernando Atiã fechou o encontro com um toré, com todos os participantes.
Ressaltamos que desde já a comunidade Pankararu do Real Parque Morumbi agradece ao apoio de todos os envolvidos diretamente ÍNDIOS ON LINE, THYDEWA e indiretamente neste feito e a participação especial de Gean Ramos concretizando essa iniciativa histórica.

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Edcarlos (Carlinhos)
edpankararu@yahoo.com.br











quinta-feira, 3 de abril de 2008

INCLUSÃO NA REDE ÍNDIOS ON LINE





“Caiu na rede é peixe, ser incluído na rede é luta e objetivo alcançado”

Nesta última segunda-feira 31 de Março de 2008, esteve presente na Ong. Ação Cultural Indígena Pankararu, localizada na Rua Conde de Itaguaí nº 146 – Real Parque Morumbi – São Paulo – SP, os parentes Alexandre (Coordenador da Rede Índios On Line) e Fernando (Atiã – Conselheiro da Thydewa).
Com a presença desses dois ícones da luta indígena, foi firmada uma parceria entre a Rede Índios On Line e a Ong. Ação Cultural Indígena Pankararu.
A Ong só tinha no entanto o Blog (www.acaopankararu.blogspot.com) desenvolvido por alunos da Faculdade Metodista que acreditaram em nossos potenciais e jovens da etnia Pankararu. Com essa parceria proporcionara um dialogo e troca de informações entre os Pankararu da Aldeia de Brejo dos Padres e Pankararu daqui da cidade de São Paulo, e demais etnias que estão inseridas na rede.
Neste próximo sábado dia 05 de Abril de 2008, apartir das 13h00 será lançado oficialmente na Sede da Ong à inclusão dos Pankararu da cidade de São Paulo, especificamente do Real Parque Morumbi na REDE INDIOS ON LINE.
Esperamos com essa parceria ter em pauta sempre os assuntos relacionados aos interesses dos povos indígenas, contribuindo para um amplo debate referentes à legitimidade da luta pela causa indígena.
Usando os recursos da própria tecnologia como armas para nos proteger e lutar por nossos direitos constitucionais, e para não sermos engolidos pelo mundo globalizado, facilitando nosso dialogo com o mundo interno e externo.
Será também um ponto de estudo e pesquisa escolares e outros para a comunidade local.
Desde já a comunidade Pankararu do Real Parque Morumbi agradece ao apoio de todos os envolvidos diretamente ÍNDIOS ON LINE, THYDEWA e indiretamente neste feito, concretizando essa iniciativa histórica. E aproveitamos a ocasião para pedir ao governo e as iniciativas privadas a ajudar mais esse projetos, que vem dando certo.
Não percam o lançamento neste final de semana, estão todos convidados a participar.

Segue a programação:

Ação Cultural Indígena Pankararu
Rua: Conde de Itaguaí nº 146 Real Parque Morumbi São Paulo - SP
Fone: (011) 9958-7314
www.acaopankararu.blogspot.com


Apresentação da Rede Índios On-Line


13hs

Mesa Índios On-Line
Alex Pankararu (coordenador da Rede Índios On-Line)
Fernando Atiã (conselheiro da ONG Thydewa)
Dimas (Presidente da ONG Ação Cultural Indígena Pankararu)

14h30min

Mesa MPP - Música Popular Pankararu
Gean Pankararu (Cantor e Compositor Pankararu)
Dimas (presidente da ONG Ação Cultural Indígena Pankararu)

16h30min

Toré Tradicional Pankararu
Atiã e todos os participantes do evento

Edcarlos (Carlinhos Pankararu)

quinta-feira, 13 de março de 2008

História de ìndios será obrigatória em todas as escolas


Portal G1, 11/03/2008


História dos índios será obrigatória em todas as escolas


Obrigatoriedade foi publicada em lei sancionada nesta terça-feira pelo presidente. Grade curricular não será alterada; o que muda é a forma de abordagem Fernanda Bassette Do G1, em São Paulo


O estudo da história do povo indígena no Brasil será obrigatório em todas as escolas da rede oficial de ensino do país, tanto públicas como privadas. A lei que determina a obrigatoriedade do ensino do tema em sala de aula foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta terça-feira (11) no Diário Oficial da União. Segundo André Lázaro, secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (MEC), a medida vale para todas as escolas de ensino fundamental e médio e deverá fazer parte de todo o currículo escolar, sem a necessidade de mudança na grade curricular. "A lei sancionada pelo presidente não cria novas disciplinas, por isso a grade curricular não será alterada. O que muda é que haverá uma preocupação maior na formação dos professores para deixá-los melhor preparados para lidar com o assunto em sala de aula. É uma medida saudável e tem como objetivo mudar a abordagem da questão indígena", afirmou o secretário. Referência generalizada - Uma das críticas da Fundação Nacional do Índio (Funai) tinha com relação ao estudo da história indígena no país é que as escolas costumam tratar os índios de forma generalizada - sem especificar que existem mais de 200 povos e etnias no país - e geralmente referem aos índios no passado. "As escolas dizem que os índios foram, que os índios fizeram. E eles estão aqui, falam cerca de 180 línguas diferentes, estão presentes e espalhados por todo o país", disse Neide Martins Siqueira, coordenadora de apoio pedagógico da Funai. Segundo ela, o movimento indígena sempre lutou para mudar essa abordagem nas escolas. "Estamos felizes com a lei e o que a gente espera agora é que ela ajude na elaboração de um novo currículo e de uma nova abordagem sobre a história indígena nas escolas", disse. Diversidade é riqueza - De
acordo com o secretário, um dos objetivos da lei é fortalecer e estimular o estudo sobre o povo indígena em sala de aula. "A gente quer reconhecer a diversidade do nosso país como riqueza e não como entulho. Além disso, queremos valorizar essa riqueza de outras maneiras e não apenas dando destaque para a dimensão do sofrimento e violência que esses povos sofreram", afirmou o secretário. Segundo Lázaro, o MEC já possui material de pesquisa sobre a história dos índios, o que servirá de apoio na discussão do material didático a ser usado em sala de aula. Mudanças na LDB - A lei 11.465/08 altera um artigo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e substitui a lei 10.639/03, que já previa a obrigatoriedade do ensino sobre história e cultura afro-brasileira em todas as escolas brasileiras. A partir de agora, confere-se o mesmo destaque ao ensino da história e cultura dos povos indígenas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Aldeia Pankararu Viva como sempre

















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O jovem Edcarlos (Carlinhos) um dos vários outros Pankararu que residem no Real Parque Morumbi bairro nobre de São Paulo, esteve no período de 21/12/07 à 04/01/08 em sua querida Aldeia Pankararu, o mesmo relata que adorou a oportunidade de rever seus parentes e todo o espaço nativo de sua Aldeia, por exemplo a Fonte Grande onde teve uma grande Festa do Menino do Rancho.
O mesmo diz ainda que não podemos deixar de lembrar e reconhecer o trabalho milenar da Parteiras Tradicionais Pankarau, a qual observamos uma pintura na parede de uma caixa de cimento.

Em Itaparica não deixamos de observar uma pintura muito interessante, são as imagens dos nossos encantados (Praiás) dançando com os parentes todos felizes em harmonia. Como isso significa que a cidadizinha de Itaparica os reconhece, não só por está ainda dentro de seus território geográfico, mais sim por reconhecer sua riqueza Cultural.
"COM A BORRACHA DA NEGLIGÊNCIA E DA CORRUPÇÃO,
APAGAM DO PAPEL NOSSOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS.
MAS, COM O LÁPIS DA SABEDORIA E DA ESPERANÇA ESCREVEMOS
NOSSA HISTÓRIA CADA VEZ MAIS FORTE, COM A CULTURA,
CRENÇA, DIGNIDADE E TRADIÇÃO. ISSO PODE TER CERTEZA QUE
NUNCA APAGARÃO!"
EDCARLOS - PANKARARU














 
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